sexta-feira, 3 de agosto de 2007

DESESPERO - Mãe quer saber quem matou o filho, e pede Justiça

Ela conta que fez de tudo para que filho abandonasse o vício e tivesse uma vida melhor, e diz que ninguém merece morrer assim

Araranguá – “Quero saber quem fez isso com meu filho, e quero que a pessoa pague pelo que fez. Ninguém merece morrer assim”. O desabafo é da mãe de cinco filhos Maria Célia Réus Teixeira, 50, que enterrou na manhã de ontem o filho Fernando, assassinado com três tiros no Morro da Cruz, na noite de sábado.

A dor da mulher se confunde com a luta que ela e a família – nenhum dos outros filhos se envolveu com crimes ou drogas - travaram contra o vício do crack, que atraiu o membro da família, e que o levou a furtar, há cerca de um ano: “Levamos para a internação, ele fugiu. Fiz das tripas o coração para tirar ele do vício, dava conselho: era o mesmo que não dizer”, lamenta a mulher, que diz que após sair da prisão, há cerca de um mês, pela Lei Maria da Penha (violência doméstica), o filho estava melhorando, e trabalhando de pedreiro: “Tão trabalhador, tão carinhoso, meu Deus”. A irmã do patrão, Paula Girardi, 25, confirma: “Ele era um bom funcionário, muito responsável”, garante.

FILHOS - Apesar de separados há um ano, a ex mulher, Aline Alves, 21, garante que ele era um bom pai para os dois filhos – um menino de três anos e uma menina de um ano e meio – e um bom marido: “Não ficamos juntos porque não deu certo, mas ele era uma boa pessoa”, afirma. Aline conta que o rapaz relaxou com as crianças após a separação, e que tiveram problemas, mas que ele nunca bateu nela nem foi agressivo: “Ele até visitava as crianças”. Ela diz que os filhos sabem que o pai morreu: “Eles foram ao enterro, mas não entra na cabecinha deles uma coisa dessas”, lamenta. Além dos filhos com Aline, Fernando deixou um menino de cinco anos, de outro relacionamento.

ASSASSINO – Dona Ceia sabe que não há suspeitos, mas apela para a equipe do delegado Jorge Giraldi, que investiga o crime: “Espero que vocês encontrem quem fez isso com meu filho”. Ela diz que tudo o que quer é saber quem fez isso e o por que, e ver o assassino na cadeia: “Ele matou meu filho e tem que pagar, para que entenda a dor que eu to sentindo agora”.


Dona Céia não se conforma, e pede à Polícia que encontre o assassino do filho


NASCIMENTO – Enquanto Fernando morria no alto do Morro, na maternidade do Hospital Regional de Araranguá, nascia uma linda menina, de parto normal. Ela é filha de uma das primas de Fernando, que soube da morte do rapaz somente após o parto. Ela chorou muito ao saber da notícia, já que gostava muito do primo. Como homenagem, ela deu à criança nascida no dia da morte do primo querido o nome de Fernanda.

(Obs: Que nome bonito! heheheh)

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