sexta-feira, 3 de agosto de 2007

SALVANDO VIDAS - Tomógrafo soma mais de 150 atendimentos em menos de 30 dias

Mutirão com municípios está acabando com as filas. Exames acontecem no dia seguinte à marcação

Araranguá – Menos de um mês após começar efetivamente a ser utilizado, o tomógrafo do Hospital Regional de Araranguá está acabando com a angústia de muitos pacientes, que esperavam nas filas por mais de um ano para o exame, que era feito em Criciúma.

O equipamento, que tem sistema Multi Slice – que possibilita exames completos e rápidos, com vários cortes em poucos minutos – já permitiu que 150 pacientes internos e externos do hospital tivessem o diagnóstico completo em curto período de tempo, uma média de oito atendimentos por dia. Hoje, o HRA é o único do Estado a ter um aparelho com esta tecnologia. Um aparelho similar deve ser instalado no próximo mês, em Blumenau.

Segundo a diretora do HRA, Rita Prêmoli, o hospital fez um acordo com os municípios, e trabalha em regime de mutirão, atendendo os pacientes que estavam na fila de espera nos municípios. Além de resolver o problema dos pacientes antigos, os novos pacientes não passam mais pela ansiedade da espera: segundo a enfermeira supervisora do setor de diagnóstico do HRA, Mônica Boff Bellé, em 90% dos casos, o tempo entre o agendamento e o exame não passa de 48 horas: “A maioria dos exames estão sendo feitos de um dia para o outro”, afirma.

MENINA CORAJOSA – Natália Zeferino Nascimento tem cinco anos, e é muito corajosa. Ontem, ela fez o exame, e não se assustou com a grandiosidade do aparelho: “Não tive medo, e não doeu”, afirma. Ela e a mãe, Leila Ferraz Zeferino do Nascimento, 37, vieram de Curralinhos, em Passo de Torres, para fazer o exame da menina, que está investigando um mal estar súbito. A mãe conta que o médico da criança, que atende em Criciúma, pediu o exame pelo SUS na terça-feira, e ontem, ele já tinha se realizado: “Achei muito bom, o aparelho é novo, melhor que o de Criciúma. To surpresa com a rapidez que foi feito”, elogia.

A coragem da menina surpreendeu até mesmo a experiente equipe, que costuma agendar as crianças nas quintas-feiras, dias em que o profissional de anestesia permanece no centro de diagnósticos do hospital. A enfermeira supervisora do setor diz que em procedimentos com crianças, algumas vezes o profissional é necessário, caso a criança tenha que ser acalmada, já que o aparelho não permite que o paciente se mexa durante o exame: “Ele já foi utilizado por duas vezes com crianças, e várias vezes com pacientes portadores de necessidades especiais. A maioria das crianças se espanta e fica agitada com o tamanho do aparelho. A Natália foi uma exceção, e está de parabéns”, finalizou.

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