sexta-feira, 3 de agosto de 2007

NÃO ATENDE - Repartição da Fazenda não tem telefonista

Ontem, uma funcionária foi deslocada do seu setor para atender telefones. Situação se estende há 1,5 mês, desde que terceirizados foram dispensados

Araranguá – Nos últimos dias, muita gente tentou, sem sucesso, telefonar para a 15ª Gerência Regional da Fazenda do Estado, em Araranguá. A alta demanda tem um motivo: na terça-feira (31), terminou o prazo para o pagamento do Simples Nacional, e como a repartição estatal tem um serviço de plantão fiscal preparado para esclarecer dúvidas na área contábil e financeira, é muito procurada por contadores, empresários e cidadãos em geral.


Gerente diz que problema surgiu há 1,5 mês, após a demissão de cinco funcionários terceirizados da Casvig

O problema da falta de uma telefonista vem se estendendo há anos, já que a repartição não possui o cargo. Por isso, ao longo dos anos, a função vem sendo realizada por empregados de empresas terceirizadas. Segundo o gerente da repartição, Francisco Peixoto, que trabalha no local há 23 anos, a situação se agravou com a dispensa do Estado aos terceirizados: “Perdemos cinco de uma vez só, inclusive a moça que atendia os telefones”, diz. A telefonista foi substituída por uma estagiária, mas na sexta-feira (27), ela e outro estagiário tiveram os contratos findados: “Ficamos na segunda e terça-feira praticamente sem telefonista, o que prejudicou o serviço, já que a procura por informações foi grande”, lamenta.

Como solução provisória, a gerência decidiu deslocar a funcionária Elisângela Pereira Porto, 27, que saiu da copa, onde trabalha há 3,5 anos, para o telefone da recepção. Mesmo sem experiência, a moça parece ter se entendido com o aparelho e os 20 ramais para onde precisa passar as ligações, que somam uma média de uma a cada cinco minutos: “Não é difícil, é só ter paciência que a gente aprende rápido”, garante.

Elisângela saiu da copa para o telefone, apesar da pouca experiência: “paciência para aprender rápido”

Por enquanto, a situação fica normalizada, já que todos os prazos que envolvem a saúde do sistema financeiro do Estado já foram cumpridos. Segundo Peixoto, o problema foi colocado na terça-feira para a Gerência de Fiscalização da Fazenda Estadual, que prometeu se empenhar na busca de uma solução definitiva para o problema.

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