ARARANGUÁ – Viver num mundo sem sons não é novidade para a professora Katiana Pescador Maragno Senhorinha, 27. Aos sete meses de gestação, a mãe dela contraiu a rubéola, provocando a surdez da filha. Se houvesse vacina naquela época, com certeza o problema não existiria, e a história de vida de Katiana seria outra.
Hoje, casada e mãe de Felipe, um ano, ela acredita que a ciência pode ajudar a minimizar muito o problema, e por isso, aconselha a todos que tomem a vacina. Professora de cinco alunos surdos com idades entre 11 e 13 anos na EEB Castro Alves, ela sabe que a surdez provinda da rubéola não é muito comum: nem os alunos, nem o marido, que também é surdo, tiveram a doença como causa.
Mesmo sabendo a origem de sua necessidade especial, ela confessa que teve medo que o filho Felipe também nascesse com a dificuldade, já que além do problema do esposo, tem na família mais duas primas que também são surdas. “Ele nasceu perfeito e é muito conversador, o único problema é que os pais não ouvem o que ele fala”, diz a avó, Maria de Lourdes Possamai Senhorinha, 52, que foi morar com o filho e a nora logo que Felipe nasceu, já que os pais não conseguiam ouvir o chorinho da criança.
Apesar da dificuldade, ela e o marido vivem bem, e estão sempre querendo aprender mais. Prova disso é a formatura em Pedagogia, marcada para agosto, e a pós-graduação, que Katiana faz com empenho, mostrando que apesar de todas a diferenças, somos todos iguais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário