sexta-feira, 13 de julho de 2007

JURI POPULAR - Matador do taxista enfrenta júri amanhã

Ele está em prisão provisória desde novembro do ano passado. Um mês antes, assassinou o taxista gaúcho Cláudio Justo por ciúme

ARARANGUÁ – Amanhã, a partir das 9h, sete jurados escolhidos entre pessoas da comunidade deverão fazer parte do Tribunal do Júri que julga o destino de Lucinei Mota, 21. No dia 29 de outubro, ele matou com dois tiros a queima roupa, dentro do próprio veículo, o taxista Cláudio Martins Justo, então com 48 anos. Segundo a acusação, o jovem teria disparado a arma contra o taxista por motivo fútil e sem condições de defesa. O crime teria acontecido por ciúme, já que o taxista trazia a ex mulher do acusado, Gabriela de Oliveira Almeida, até a casa do rapaz, no bairro Mato Alto, para buscar as coisas dela e retornar para a cidade onde ela morava com a mãe, Três Cachoeiras, local onde a moça contratou a viagem para Araranguá feita com a vítima.

Durante o julgamento, o advogado Jean Carlos Setter pretende provar que Lucinei agiu imbuído pelo impulso, e deve tentar atenuar a pena, já que o rapaz foi preso em flagrante e confessou o crime. A acusação, que fica a cargo do Promotor Leonardo Todeshini e do Assistente Ivan Roque Sá Bocca, defende a tese de homicídio doloso qualificado (com intenção de matar e sem dar condições de defesa), e querem que o assassino seja condenado a pena máxima permitida, ou 30 anos de prisão. A situação do réu piora, já que além da prática do crime, ele tentou fugir do flagrante, até receber a ordem de Prisão Preventiva, em novembro do ano passado. Desde então, aguarda julgamento no Presídio Regional de Araranguá.

A sessão do Tribunal do júri será presidida pelos juízes Júlio César Ferreira de Melo e Liane Bardini Alves, que pela primeira vez dirige um julgamento com júri popular no Vale do Araranguá. Recentemente, ela substituiu o juiz Celso Valim, na 1ª Vara Cível, e age em cooperação com o juiz titular da Vara Criminal da Infância e Juventude, Dr. Júlio César de Melo.

RELEMBRE O CasO – No dia 29 de outubro do ano passado, a ex mulher de Lucinei Mota pegou o táxi na cidade de Três Coroas, RS, onde morava com a mãe, rumo a Araranguá. O objetivo era buscar algumas coisas que ficaram na casa do ex marido, no bairro Mato Alto, e retornar para o RS no mesmo dia. Nada deu certo: chegando na casa de Lucinei, o casal acabou brigando, já que o rapaz não se conformava com a ida da mulher. Testemunhas afirmam que o taxista Cláudio Martins Justo não teria se metido na briga, mas mesmo assim, o rapaz, que chegou a afirmar que Cláudio era amante da moça, se aproximou do carro onde a vítima estava, e disparou a arma contra ele, acertando um tiro no tórax e outro na testa. O homem morreu na hora, sem condições de defesa.


Processo de 157 páginas choca pela violência com que rapaz matou a vítima sem condições de defesa

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