sexta-feira, 13 de julho de 2007

SAÚDE - Estado recebe alerta para surto de rubéola

Doença está aparecendo no RJ e RS. Preocupação das autoridades é com fluxo de turistas no Pan

REGIÃO – As 15 secretarias municipais de saúde da região receberam esta semana o alerta da Diretoria de Vigilância Epidemiológica do Estado sobre a presença de surtos de rubéola nos Estados do Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro. No Estado vizinho, foram 23 casos confirmados, principalmente em Passo Fundo. Na cidade-sede dos Jogos Panamericanos, RJ, a situação é crítica: são 450 casos confirmados. O motivo da preocupação é simples: a localização geográfica do Estado vizinho e o grande fluxo de turistas que invadem o RJ durante o Pan, são pratos cheios para a disseminação da doença em todo o país e em Santa Catarina, já que a transmissão acontece por meio das vias aéreas através de contato direto com pessoas infectadas - gotículas de saliva - ou por via placentária, quando a mãe infecta o feto.

NA REGIÃO – Segundo o responsável pela Imunização da 22ª SDR, Nilo Humberto de Souza, não há surto na região. Ele explica que o alerta de risco é preventivo, e que as secretarias municipais de saúde dos municípios devem proceder com mais atenção aos sintomas apresentados nas cidades, com necessidade imediata de notificação e investigação dos casos suspeitos. Também recomenda a todas as pessoas com idades entre um e 49 anos, não vacinados, que tomem a vacina (triviral), sobretudo os que forem viajar ao Rio de Janeiro. A vacina deve ser feita dez dias antes do embarque.

Na região, há pelo menos duas décadas não há nenhum registro da doença confirmada, segundo Valcir dos Santos, da Vigilância Epidemiológica da 22ª SDR. Ele diz que nesse ano, foram registradas 13 notificações, mas todas foram alarme falso.

SINTOMAS – Somente através de exame laboratorial pode ser confirmada a rubéola, já que os sintomas (febre, manchas na pele, ínguas) são similares a muitas doenças. Segundo a enfermeira da 22ª Gerência de Saúde, Valdete Schuelter Tártare, a maioria das crianças até seis anos já receberam as doses da vacina Triviral, que além da rubéola, previne também o sarampo e a caxumba. Por isso, a maior preocupação é com mulheres em idade fértil, entre 12 e 49 anos, que ainda não foram vacinadas: “Os reflexos para o feto, em caso de gravidez, podem ser irreversíveis”, alerta. Por isso, ela sugere: “Qualquer pessoa que ainda não tenha sido vacinado deve procurar o posto de saúde mais próximo e fazer a tríplice, porque prevenir é sempre melhor que remediar”, finalizou.


Valdete e Nilo dizem que não há surto na região, mas pedem para os que não tomaram a vacina que procurem o posto de saúde mais próximo

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