sexta-feira, 20 de julho de 2007

INÍCIO - Casa de semiliberdade recebe hoje primeiros hóspedes

Jovens infratores cometeram delitos na Comarca, e cumpriam medidas educativas em Criciúma há oito meses

Araranguá – Hoje, os 15 integrantes da equipe da Casa de Semiliberdade Arte e Vida tem um motivo a mais para acreditar na conquista do espaço. Um não, três. O grupo espera pelos três primeiros hóspedes, jovens infratores da Comarca de Araranguá, que cumpriam medidas sócio educativas há oito meses na casa de semiliberdade em Criciúma, e que foram transferidos para terminar de cumprir a medida perto das famílias.

Esta, aliás, é a única coisa que o grupo sabe sobre os adolescentes, que ocupam as três das nove vagas ofertadas à Comarca de Araranguá: “Estamos na expectativa”, diz a educadora social Zelândia Pereira. O colega Giovani Linhares, também educador social, reforça: “Preparados para ser uma mão amiga”. Débora Pereira é uma das duas psicólogas que trabalham na Casa. Para ela, receber os primeiros hóspedes é motivo de ansiedade e alegria: “Quero começar o trabalho, atender os adolescentes e colher os resultados”, comemora.

Na próxima semana, parte das quatro vagas de Sombrio e três de Turvo devem ser preenchidas. A Comarca de Santa Rosa já anunciou que não ocupará nenhuma das três vagas neste mês.



BOAS VINDAS – Em cima de cada um dos cinco beliches espalhados por um dos quartos destinados aos adolescentes, duas lembrancinhas chamam a atenção. Segundo a coordenadora da Casa, Vera Screminn, o bombom e o marcador de livro com mensagens de auto-estima representam as boas vindas, e a certeza de que a Casa foi montada para a recuperação desses jovens, e não como um espaço para que paguem suas penas. Os jovens poderão estudar, não há muros altos nem celas: “A Casa existe como a possibilidade de uma história melhor para cada um deles, daqui pra frente”, diz.


Mesmo com tantas boas intenções, a equipe ainda enfrenta problemas: as cinco beliches são as únicas camas disponíveis. O outro quarto está vazio. Além disso, as cobertas são poucas- faltam cobertores e edredons. Eletrodomésticos – freezer, fogão, geladeira - e um veículo prometidos pelo Governo do Estado foram licitados, mas o processo atrasou, e por isso, a entidade aceita doações também desses utensílios. Há também falta de armários de escritório, embora boa parte desta mobília tenha sido doada pelo Samae de Araranguá



Cinco beliches preeenchem um dos quartos, mas há um completamente vazio. Doações são bem-vindas

Interessados em ajudar podem ir diretamente na Casa, que fica na Rua Cel Apolinário Pereira, 1074 – Vila São José, a 500 metros da ponte de arame, ou pelo fone (48) 3524-4292.

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