Araranguá – Uma semana de terror. Esta pode ser a descrição da situação vivida pela moradora do bairro Polícia Rodoviária Daniela Garcia Ferreira Lira, 22, que passou uma semana aprisionada sob ameaças e agressão dentro da casa do ex namorado, o presidiário Célio Cardoso da Silva, 29, preso há sete meses por tráfico de drogas. Além do cárcere privado, ela diz que o homem a agrediu física e verbalmente, e que batia mais forte a cada tentativa de fuga: “Todos os dias eu tentava fugir, e todos os dias ele batia um pouquinho”, conta. A família do rapaz mora ao lado da casa, e apesar de assistirem às cenas, nada fizeram para impedir as ações do violento parente.
FUGA - Depois de muitas tentativas, a gaúcha de Novo Hamburgo que mora em Araranguá há cerca de um ano, conta que ontem à tarde conseguiu fugir, pulando por uma janela: “Ele percebeu, e começou a correr atrás de mim. Uma mulher passou, viu, eu gritei por socorro, pedi pra chamar a Polícia, mas ela não fez nada. Corri da Lomba, onde é a casa dele, até dentro do Center Fábicas, onde ele me alcançou”, lembra. No hall do centro de compras, ignorando a presença de dezenas de pessoas que passavam, o homem começou a bater na mulher: “Ele me deu socos, puxou os cabelos, me jogou no chão e me deu muitos pontapés. Mas o pior é a humilhação”, lamenta.
Ela conta que ele deu socos, puxou os cabelos, a jogou no chão e deu muitos pontapés, diante de muitas pessoas
NÃO SABIA – Daniela diz que conheceu Célio uma semana antes da condenação a 2,5 anos de prisão por tráfico de drogas, cumprida no Presídio Regional de Araranguá. Ela conta que continuou o romance mesmo assim, e que visitava o namorado todos os fins de semana na cadeia. Esta era a segunda vez que ele recebia o benefício da saída temporária, e por isso, a namorada foi até a casa dele para aproveitar os dias de regalia. Acabou conhecendo outra face do rapaz: “A gente tava se conhecendo. Se eu soubesse que ele era agressivo, nem ficaria com ele, como não vou ficar mais”, promete.
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