quinta-feira, 19 de julho de 2007

JURI POPULAR - Matou com duas facadas no bar e será julgado

José Carlos de Souza matou Claudionor da Rocha em 1999, e enfrenta júri popular nesta quarta-feira

Araranguá – Após a condenação de Lucinei Mota, 21, a 30 anos de cadeia pelo homicídio qualificado do taxista de Três Cachoeiras, RS, Cláudio Martins Justo, o Tribunal do Júri se reúne novamente na sala do júri no Fórum de Justiça de Araranguá nesta quinta-feira, 18, a partir das 9h, para decidir a pena que deve ser aplicada a José Carlos de Souza, que matou a golpes de faca Claudionor da Rocha, no dia 25 de junho de 1999.

Tudo começou por volta das 23h30, quando José Carlos, vulgo Negão estava embriagado, e começou a puxar briga com a vítima. Naquele dia, Claudionor ajudava o proprietário de um bar no bairro Cidade Alta, assando e servindo churrasco aos demais clientes. Segundo testemunhas, apesar das provocações do assassino, em nenhum momento a vitima teria cedido, demonstrando desinteresse em brigar com José Carlos. Por causa disso, a tentativa de bate-boca teria terminado ali.

Teria terminado, e a vítima até teria esquecido o ocorrido, não fosse a ação decidida de Negão, que aproveitou o momento em que a vítima saiu do balcão e se dirigiu até a frente do bar para tomar um ar. Ele surpreendeu a vítima, o seguindo friamente e sacando a faca. Com dolo de matar, segundo testemunhas, ele desferiu pelo menos duas facadas certeiras e rápidas, acertando o peito direito e os pulmões, e também a região supracavicular esquerda de Claudionor. Tomada do espanto, desarmada, sem condições de defesa e mortalmente ferida, a vítima ainda caminhou cerca de 84 metros, até tombar morto na frente de uma sorveteria, já na avenida 15 de Novembro.


Júri será presidido pelos juízes Júlio César de Melo e Liane Alves. Na acusação, promotor Leonardo Todeschini defende a tese de homicídio qualificado

O assassino fugiu na hora, mas o crime foi presenciado por muitas testemunhas, que ajudaram a Polícia a localizar e prender o homicida em poucas horas. Ele foi preso em flagrante e espera pela sentença desde o dia seguinte ao crime, no Presídio Regional de Araranguá.

Além dos tradicionais sete membros do júri popular, participam do julgamento os Presidentes, juízes Júlio César Ferreira de Melo e Liane Bardini Alves, o promotor Leonardo Todeschini na acusação, e o advogado Jean Carlo Soares de Souza na defesa. Este pode ser o último julgamento aberto do juiz Júlio César, que nesta quarta-feira recebe a resposta do TJ sobre um pedido de transferência à Comarca da Capital.


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